Metadados

Metadados Estatísticos

Maria Luiza B. Zacharias, Ds.C - Gerente de Qualidade Estatística Diretoria de Pesquisas - IBGE

Metadados são definidos como "dados que descrevem os dados", destinados para ajudar os usuários e pesquisadores a entender o que os dados estão medindo e como eles foram criados. Os metadados devem incluir informações estruturadas para localizar, identificar, compreender e gerenciar os dados. Os metadados preservam a memória e o conhecimento sobre o fazer da pesquisa, além de permitir aos usuários avaliar a qualidade dos dados. Uma documentação precária pode inibir ou impedir o pleno aproveitamento dos dados disponíveis além de propiciar usos inadequados, sendo informações fundamentais para que os dados se tornem úteis.

De acordo com os princípios das Nações Unidas que orientam as atividades internacionais de estatística, faz parte das boas práticas, em matéria de transparência, documentar os conceitos, definições e classificações, bem como os procedimentos utilizados ao longo das operações estatísticas, tornando essas informações acessíveis ao público.

Tão importante quanto a documentação é a utilização de padrões que facilitem o intercâmbio de informações entre as organizações e os sistemas computacionais, para ampliar o compartilhamento e a disseminação sobre o conteúdo e a estrutura das informações estatísticas, conforme estabelecido no Princípio Fundamental 9 das Estatísticas Oficiais.

Além de destacar a importância dos metadados e das boas práticas, a apresentação abordará a reformulação do Banco de Metadados estatísticos do IBGE que inclui, dentre outras melhorias, a adesão a padrões internacionais bem como a harmonização e padronização de conceitos, definições e variáveis, visando maior integração entre as pesquisas e ampliação de seu potencial de comparabilidade interna e externa.

Metadados Geoespaciais: O coração de uma IDE

Rafael Lopes - IBGE

Com o intuito de atender às demandas da gestão do território, de programas sociais, do meio ambiente, de riscos e impactos de fenômenos naturais, dentre outros, a Informação Geoespacial (IG) se torna cada vez mais importante nos dias atuais. O valor da Informação Geoespacial (IG) é cada vez maior para que se possa retratar o território e subsidiar a construção de políticas públicas de gestão e desenvolvimento sustentável. A necessidade de compartilhamento, disseminação e aquisição de bases de dados geoespaciais, motivou a evolução da Infraestruturas de Dados Espaciais (IDE). Em 2008, através do decreto presidencial Nº 6.666, foi instituída a IDE do Brasil, chamada Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE). No decreto, foi previsto a construção de um geoportal chamado SIG-Brasil. O SIG-Brasil tem como principal objetivo a disponibilização de dados e informações geoespaciais disponíveis em todas as esferas de governo. Para isso, foi criado o Diretório Brasileiro de Dados Geoespaciais (DBDG), onde estão contidos os metadados geoespaciais e os geoserviços referentes aos dados geoespaciais disponibilizados pelos órgãos do Poder Executivo Federal. A principal ferramenta de busca de dados geoespaciais da INDE é o Catálogo de Metadados Geoespaciais, considerado assim, o Coração da INDE. Lá estão disponibilizados os dados que descrevem os conjuntos de dados geoespaciais (CDG). São eles: Informações sobre responsável pela produção, contato, sistemas de referência, distribuição dos dados, endereços de download, área de abrangência, dentre outros. É de extrema importância a criação de uma cultura de catalogação de metadados geoespaciais, para que o acesso à informação seja de forma rápida e fácil.