Geodemografia

Mapping the Geodemographics of the UK

Tian Lan - University College London

This talk reports on work carried out in the UK Consumer Data Research Centre (CDRC) at University College London, funded by the Economic and Social Research Council under its Big Data Initiative. The first part introduces the CDRC’s three tier data and online service and its focus upon re-use of business and administrative data sources, alongside conventional data sources such as the UK Census of Population. In the second part, we focus on some research applications that utilize social media data in order to better understand the geography of daily activity patterns in London. Novel use of family and given names data is made in order to compare the demography of the daytime population with those resident in the city at night. Finally, we focus upon the related development of a prototype of geodemographic toolkit that allows users to devise their own geographic scale and aggregation experiments when analyzing socio-spatial distributions for different regional geographies. We describe the applicability of this resource to devolved regional decision making.

Geodemografia, geomarketing analítico: o que é, para que serve, e a quem interessa?

Reinaldo Gregori - Cognatis


A possibilidade de se combinar informações sociodemográficas e mercadológicas, referenciadas sobre cartografia digital, e analisadas através de técnicas analíticas formais, deu origem em meados dos anos 80 e que veio a ser conhecido como geomarketing: um campo analítico com grande potencial para apoiar decisões de alocação de recursos no contexto geográfico, crescentemente utilizados por instituições públicas e empresas privadas.

Entre as ferramentas mais utilizadas pelo geomarketing destacam-se sistemas de classificação de áreas geográficas (vizinhanças ou municípios na maioria das vezes), agrupadas de acordo com suas características demográficas, socioeconômicas e mercadológicas. Os primeiros Sistemas Geodemográficos (SG), como vieram a ser chamados, foram desenvolvidos nos EUA e alguns países europeus há décadas, mas somente recentemente começaram a se proliferar no Brasil. A principal vantagem do SG é a simplificação no desenvolvimento de análises de potencial e vocação de regiões, o que possibilita que gestores e outros tomadores de decisão possam usá-los mesmo não sendo especialistas em estatística ou geografia.

Nesta oportunidade apresentarei os conceitos fundamentais do geomarketing, e apresentarei dois Sistemas Geodemográficos feitos pela Cognatis com dados brasileiros: o SG de municípios e o SG de vizinhanças. Serão apresentados alguns exemplos de como estes SGs podems ser utilizados em estudos de expansão, redimensionamento ou realocação de serviços públicos e de redes de varejo tradicional.

Big Data, Geoinformação e Estatística Espacial: Indicadores Econômicos a partir de Consumo de Energia e Plataformas de Integração e Otimização de Processos de Dinâmica Urbana

Eduardo de Rezende Francisco – FGV-EAESP e ESPM


A palestra abordará dois temas correlatos, que trazem como pano de fundo a apropriação de dados de distribuição de energia elétrica para finalidades além da convencional gestão de serviços de operação de redes.

A primeira pesquisa teve como principal objetivo examinar a relação entre Consumo de Energia Elétrica Residencial e Renda Familiar nos domicílios do município de São Paulo, e propor a construção de um indicador alternativo de classificação econômica através do uso de técnicas de estatística espacial (SAR, GWR e um modelo combinado SAR+GWR). A pesquisa dividiu-se em dois níveis de investigação: (i) o primeiro, sob perspectiva territorial, investigou dados agregados por áreas de ponderação (conjunto de setores censitários) e utilizou os microdados do Censo Demográfico 2000 e 2010 em conjunto com a base de domicílios da concessionária de energia AES Eletropaulo; (ii) o segundo nível, domiciliar, utilizou dados coletados na Pesquisa Anual de Satisfação do Cliente Residencial, coordenada pela Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE), para os anos de 2004, 2006, 2007, 2008 e 2009. Técnicas de espalhamento de pontos em polígonos foram implementadas e seus potenciais desdobramentos em pesquisas serão discutidos. Mais ainda, posteriormente, a incorporação do perfil do pagamento da conta de luz deu origem a um indicador secundário de potencial de crédito, apropriado ao microcrédito por oportunidade.

A segunda pesquisa trata da concepção de uma plataforma de geointeligência sistêmica, que propõe e analisa qualquer cenário urbano para a proposição do reposicionamento das bases operacionais da AES Eletropaulo na região metropolitana de São Paulo. A plataforma se baseia em metodologias e algoritmos que integram técnicas de GIS, Estatística Espacial, Business Intelligence e Pesquisa Operacional. Dados não tradicionalmente utilizados no setor elétrico para esse tipo de planejamento foram utilizados, como microclima, densidade de árvores, padrões de trânsito e dinâmica imobiliária. O maior desafio foi dar solução computacional para o tratamento de uma malha de logradouros que contém padrões de trânsito para cada trecho de logradouro e combinar isso em uma solução de otimização.