Usos de TIC na coleta de pesquisas do IBGE (exceto web)
O sistema Computer-Assisted Telephone Interviewing (CATI) no suporte à Pesquisa de Inovação (PINTEC) do IBGE.
Alessandro de O. Maia Pinheiro, IBGE/DPE/Coind
Diante de cenários complexos, marcados por restrição orçamentária e de recursos humanos, torna-se premente refletir e compartilhar alternativas de enfrentamento dessas questões no contexto da produção de informação estatística.A Pesquisa de Inovação (PINTEC), do IBGE, é bastante ilustrativa de como as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) podem contribuir significativamente para viabilizar novas formas de condução de uma pesquisa.A apresentação pretende abordar os canais por meio dos quais essas ferramentas tornam o processo de coleta mais eficiente e eficaz, resultando em estatísticas com qualidade reconhecida internacionalmente.
Tecnologias de coleta na Pesquisa Nacional de saúde do Escolar (PeNSE)
Marco Andreazzi, IBGE/DPE/Copis
O IBGE, por meio da PeNSE, realizou em 2009, a primeira pesquisa nacional que abordou diretamente aos adolescentes, levantando aspectos sobre fatores de risco e proteção de sua saúde. Pioneira não só em seu objeto, como em seu método, a PeNSE ousou lançar mão de tecnologias inovadoras, como o Personal Digital Assistent (PDA), em 2009 e o Smartphone em 2012, que permitiram que o escolar respondesse diretamente a um questionário eletrônico, sem que houvesse necessidade de interferência do entrevistador. Com essa inovação na estratégia de coleta, a PeNSE, oferece ao escolar (salvaguardando sua privacidade e confidencialidade) a possibilidade dele próprio responder questões sobre características sócio-demográficas, alimentação, imagem corporal, tabagismo, consumo de álcool e outras drogas, atividades físicas, comportamento sexual e outras. Desde sua primeira edição, foi usando um smartphone ou PDA com o questionário estruturado, autoaplicável e módulos temáticos que variaram em números de perguntas. Este instrumento possibilitou que o escolar respondesse diretamente no questionário, permitindo a interação na seleção do encadeamento das questões, através de detalhamentos ou saltos, sem necessidade de interferência do entrevistador, salvo houvesse a manifestação de alguma dúvida por parte do escolar, que deveria ser resolvida sem prejuízo da autonomia da resposta.Assim, as respostas puderam ser mais fidedignas, por não contarem com o constrangimento entre entrevistado e entrevistador, geralmente observado na abordagem de alguns dos temas que compõem a pesquisa. A adolescência é uma fase da vida que tem características próprias marcada pela passagem da infância para a idade adulta, com mudanças físicas e emocionais, ampliação no campo da socialização, uma evolução não linear de experiências e autonomia, inclusive no campo da sexualidade.Os adolescentes, ao mesmo tempo em que experimentam mudanças biológicas, cognitivas, emocionais e sociais, vivenciam um importante momento para a adoção de novas práticas, comportamentos e ganho de autonomia e, também, de exposição a diversas situações que envolvem riscos presentes e futuros para a saúde. A exposição a diversos fatores de risco comportamentais, como o tabagismo, consumo de álcool, alimentação inadequada e sedentarismo, tem, com frequência, início na adolescência. Estes fatores estão associados ao desenvolvimento da maioria das doenças crônicas não transmissíveis, como as cardiovasculares, diabetes e câncer, que lideram as causas de óbito na vida adulta no país e no mundo.A PeNSE aborda diversos temas e questões importantes para o conhecimento da saúde dos escolares, compreendendo: aspectos socioeconômicos; contextos social e familiar; hábitos alimentares; prática de atividade física; experimentação e consumo de cigarro, álcool e outras drogas; saúde sexual e reprodutiva; violência, segurança e acidentes; trabalho entre os escolares; hábitos de higiene; saúde mental, entre outros aspectos. Seu método, alem de possibilitar uma melhor interação com o entrevistado, garantindo maior confiabilidade e sigilo das informações, permite a aplicação simultânea do questionário para diversos escolares e dispensa etapas de codificação e de entrada dos dados, possibilitando economia de tempo e de recursos. Ao apresentar a metodologia da PeNSE no III SMI pretende-se disseminar essa experiência, seu desafios e oportunidades, para uma maior e melhor utilização da mesma, que começa a ser empregada por outras instituições, em pesquisas relacionadas à saúde.
A evolução dos equipamentos móveis na coleta do censo e pesquisas.
Davi Faria Rocha, IBGE/DI
Historicamente o projeto censo é um dos grandes responsáveis pela inserção de novas tecnologias na instituição, e no censo 2000 foi realizada uma primeira iniciativa com o uso de 1000 equipamentos (aero 1500 pocket pc) para fins de coleta da folha resumo. Estes aparelhos permitiam a instalação de aplicativos desenvolvidos e customizados por técnicos do IBGE para uso especificamente na operação do censo demográfico e transferiam os dados coletados para um microcomputador e estes dados eram enviados ao ambiente central via linha discada. O desafio agora é buscar aproveitar toda a evolução dos dispositivos móveis, tais como smartphones e tablets, que trouxe interfaces mais amigáveis, telas maiores com animações, comunicação direta com sistemas de posicionamento via satélite, mapas que auxiliam a orientação em campo, reconhecimento de voz para substituir e/ou minimizar o uso das telas sensíveis para navegação e entrada de dados, alto poder de processamento e conexão direta com a internet .