Integração de bases de dados
A experiência do Inmetro no uso de dados externos para planejamento e atuação
Alexandre Nixon Soratto e Flávia Rohrs, INMETRO
Após uma breve apresentação institucional, suas relatadas duas experiências que envolvem o acesso e a organização de dados externos para auxiliar no planejamento e na execução dos serviços do Inmetro.A primeira experiência refere-se a obtenção de acesso a base de dados da RAIS (MTE) e o desenvolvimento do SIMCS, que é o Sistema de Monitoramento da Cobertura dos Serviços da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade (RBMLQ-I). Dentre outras utilidades, o SIMC identifica o universo de empresas sujeitas à regulamentação, revela áreas geográficas e setores econômicos com baixa cobertura dos serviços metrológicos ou da fiscalização e estabelece parâmetros justos de comparação de desempenho do 26 Órgãos que compõem a Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade (RBMLQ-I). A segunda experiência consistiu no acesso aos dados da Agencia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Estes dados vem possibilitando ao Inmetro conhecer o universo de veículos que utilizam o cronotacógrafo e que, portanto, estão sujeitos à verificação metrológica periódica dos Órgãos da RBMLQ-I. Os dados obtidos viabilizarão diversos estudos como, por exemplo, para incentivo à instalação de novos postos de verificação de cronotacógrafos no Brasil.
A Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE) como plataforma modelo para integração de dados em formatos abertos
Hesley da Silva Py, IBGE/DI
Integração de dados não é um tema novo, pelo contrário, é um problema conhecido e estudado há algumas décadas. Por conta disso, muitas soluções já foram propostas. Entretanto, apesar de todos os avanços obtidos, a cada dia novas questões se apresentam que demandam novos estudos. Entre essas questões destacam-se a possibilidade de integração com dados semiestruturados (disponíveis, por exemplo, nas redes sociais) e a produção de dados de forma colaborativa (ex. Open Street Map).Esses novos desafios apontam a necessidade de revisitarmos as soluções existentes para o problema de integração com o intuito de readequação das mesmas à nova realidade.Nesse sentido, cabe ressaltar a necessidade de integração a partir de dois cenários distintos. A integração dos dados referentes há um mesmo conceito, disponíveis em diversos repositórios heterogêneos, existentes dentro de uma instituição (ambiente mais controlado) e a integração de dados complementares, advindos de diferentes fontes (ambiente dinâmico), para a geração de informação necessária ao apoio à tomada de decisão. Neste trabalho pretende-se detalhar esses cenários onde ocorre o problema de integração, apresentar possíveis soluções e, baseado no caso da INDE, mostrar como a inserção dos componentes espaço e tempo, acrescido da adoção de padrões, pode ser útil para a integração de dados visando o usuário que fará uso desse dado para apoio à tomada de decisão e exercício da cidadania.
A Justiça em Números: uma década de informações sobre o Poder Judiciário no Brasil
Santiago Falluh Varella
A presente comunicação apresenta a trajetória de 10 anos do Relatório Justiça em Números. Trata-se da principal fonte de informações de abrangência nacional sobre o Judiciário brasileiro, realizada todos os anos, desde a instalação do Conselho Nacional de Justiça. O relatório coleta dados sobre recursos humanos e orçamentários dos tribunais e sobre características diversas da litigiosidade brasileira. Ênfase é atribuída às práticas institucionais adotadas para operacionalizar a coleta dos dados, perpassando as fases de crítica e compilação final das informações prestadas individualmente por cada um dos 94 tribunais. Além de narrar a história do projeto, são discutidos os desafios futuros desta fonte de informações, seus potenciais e modos de adaptá-la a realidades institucionais heterogêneas.