Mapeamento colaborativo

Mapeamento colaborativo sem experiência cartográfica

Arlindo Pereira, OpenStreetMap

O objetivo da apresentação é introduzir o OpenStreetMap, comunidade virtual com o objetivo de criar um mapa mundi de forma colaborativa, disponibilizando o mapa de forma gratuita e sob licença livre, aonde a grande maioria dos usuários não possui conhecimento cartográfico, utilizando ferramentas de mapeamento extremamente simples.

Expor diferentes usos dos dados criados por estes usuários, desde uso pessoal em equipamentos como GPS Veiculares até uso profissional - governo e empresas, e abordar questões como a validação pela comunidade (Lei de Linus) e a motivação que os usuários encontram para investir seu tempo e contribuir com esta plataforma.


Os desafios do mapeamento colaborativo.

Julia Strauch, ENCE

Atualmente, embora as instituições públicas e privadas tornem disponíveis um grande volume de dados espaciais, há uma carência de que esses dados sejam sistematicamente atualizados. Isto ocorre devido a execução de mapeamentos atender a demandas eminentes e a falta de recursos para manter os mapeamentos existentes atualizados, principalmente em um país de dimensões continentais como o Brasil, onde é possível constatar algumas lacunas em escalas local ou regional. Nesse contexto, o mapeamento colaborativo surge como uma nova alternativa para a obtenção de dados espaciais através do qual a contribuição voluntária dos indivíduos e ou grupo sociais, não conhecedoras da prática cartográfica, inserem informações geográficas que atendem às suas necessidades, curiosidades e expectativas acerca dos espaços vividos. Todavia o desenvolvimento de um mapeamento colaborativo envolve a necessidade definir uma metodologia, utilizando a internet, capaz de motivar, viabilizar e integrar contribuições voluntárias de dados para bases de dados mantidas por instituições públicas e privadas. Estas contribuições podem ser dados detalhados e sofisticados na forma de textos, vídeo, fotografias, anotações pessoais e podem ser de ordem econômica, política e cultural. Entretanto estes mapas colaborativos ainda são pouco assimilados pelas instituições oficiais devido à confiabilidade da informação. Isto decorre da dificuldade de se garantir que os dados provindos das inúmeras fontes voluntárias possuam qualidade satisfatória. Este trabalho apresenta o desafio de garantir determinado grau de qualidade em mapeamentos colaborativos através da adoção de padrões para garantir a interoperabilidade entre o mapeamento de todos os participantes e a qualidade final da união dos trabalhos em um só produto.


Dados geográficos obtidos de forma colaborativa: Quem valida?

Luiz Henrique Guimarães Castiglione

O objetivo desta apresentação é instigar reflexões e discussões acerca da aquisição, estruturação e disponibilização de dados geográficos obtidos e processados em ambiente colaborativo. Por ambiente colaborativo entende-se, neste contexto, as instâncias diversas da sociedade que não produzem dados geográficos oficiais, abrangendo desde iniciativas individuais até organizações privadas ou não governamentais. Questões como a validação destes dados e a sua relação com os dados oficiais serão abordadas, inclusive para instruir uma discussão sobre o papel social de cada um dos agentes de produção de dados envolvidos.