ST2
Uso de cadastros de endereços e a construção de recortes geográficos para divulgação: novas alternativas metodológicas
Uso de cadastros de endereços e a construção de recortes geográficos para divulgação: novas alternativas metodológicas
Cayo de Oliveira Franco – IBGE
Até o Censo anterior os recortes geográficos divulgados eram formados por setores censitários. Desta maneira, para se separar áreas de interesse geográfico (aglomerados subnormais, bacias hidrográficas, áreas urbanizadas etc.) recorta-se os setores censitários nos diversos temas de interesse, o que potencialmente ocasiona uma excessiva fragmentação da malha de setores. O aprimoramento da tecnologia e dos procedimentos de georreferenciamento dos endereços possibilita a construção de recortes geográficos para a divulgação a partir da unidade de coleta do Censo: os domicílios. Esta abordagem pode melhorar a qualidade operacional da malha de setores censitários e possibilitar a divulgação do Censo em novos recortes geográficos. A presente apresentação tem por objetivo discutir esta nova abordagem de criação de recortes geográficos para divulgação do Censo Demográfico 2020.
Explorações para integração BET/CNEFE e a proposta de definição de “áreas de interesse estatístico” a partir de registros administrativos
Fernando Souza Damasco – IBGE
As demandas pela divulgação de dados estatísticos por recortes diferenciados, que normalmente não correspondem a combinações de estruturas legais, têm se tornado cada vez mais frequentes no contexto dos institutos de estatística. As atuais metodologias de definição das áreas geográficas que sirvam à apuração e à divulgação de dados estatísticos, no âmbito do IBGE, baseiam-se no setor censitário como unidade básica de composição dos recortes. Essa conjuntura, frequentemente, apresenta-se como limitação à captação de aspectos específicos da população e do espaço que sejam incompatíveis com a característica poligonal e operacional dos setores. Portanto, a intervenção terá como objetivo apresentar algumas soluções utilizadas por outros institutos nacionais de estatística, que vêm sendo discutidas no âmbito do IBGE, visando-se ao Censo Demográfico 2020, tendo como guia as experiências na produção de informações sobre grupos populacionais específicos. Esses exemplos evidenciam a relevância da integração entre bancos de estruturas territoriais e cadastros de endereços para a produção de informações sobre populações cuja distribuição dos domicílios não seja concentrada espacialmente e oferecem linhas gerais orientadoras para a definição e delimitação de áreas de interesse estatístico, a partir do uso de registros administrativos de referência, que podem funcionar como instrumento de filtro espacial para a ativação de quesitos e a focalização de questionários.
O Cadastro de Endereços e as novas alternativas de divulgação de dados
Wolney Cogoy de Menezes -IBGE
Os censos de população realizados pelo IBGE, desde sua versão inicial em 1940, possibilitaram a produção de resultados em nível municipal. Na verdade, em 1940, houve todo um esforço de mapeamento municipal, de modo a viabilizar a divulgação desta categoria de estatísticas. Desde então, os censos veem se constituindo em uma das principais, senão única, fonte de estatísticas municipais fato este responsável, em parte, pela sobrecarga de quesitos em seus questionários.
Entretanto, ao longo de suas edições e em resposta a demandas crescentes da sociedade por informações mais detalhadas tanto temporal quanto espacialmente, novos recortes espaciais têm sido disponibilizados. Para as informações obtidas no questionário do universo, arquivos com informações agregadas por setor foram divulgadas a partir do censo de 1991. Já informações do questionário da amostra foram divulgadas a partir de 2000 agrupadas em conjuntos de setores denominados área de apuração, em um processo que contou com a colaboração de maiores prefeituras.
O censo de 2010, por conta de um conjunto de inovações nele introduzidas, permitiu a divulgação de dois novos recortes espaciais: a grade estatística e as faces de quadra, fato que contribuiu decisivamente para a ampliação do acesso às suas informações. A progressiva captura de coordenadas em todos os levantamentos de campo atuais possibilitará uma radical ampliação dos recortes disponíveis mas trará, também, novos desafios em termos de mecanismos de consulta e garantia de confidencialidade.