Qualidade dos dados como fator de sucesso para aplicações de Inteligência Artificial é foco de debate no último dia da Conferência

Na manhã desta quinta-feira, 05/12, o tema Qualidade de dados para aplicações de Inteligência Artificial foi debatido durante a Conferência Nacional dos Agentes Produtores e Usuários de Dados CONFEST/CONFEGE em Salvador, Bahia, na mesa organizada pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).

A mesa teve como palestrantes Esbel Tomás Valero Orellana e Marcos, ambos da UESC; Robespierre Dantas Rocha Pita, da Universidade Federal da Bahia (UFBA); e, como moderador, Paulo Eduardo Ambrósio (UESC).

O debate partiu do princípio de que vivemos num cenário onde a Inteligência Artificial (IA) impulsiona a inovação e a tomada de decisões em diversas áreas. Nesse contexto, a qualidade dos dados que alimentam esses sistemas é fundamental para o seu sucesso. Na mesa, os palestrantes e o moderador discutiram essa ligação entre dados robustos e o desempenho eficaz da IA, abordando como dados incompletos, viesados, inconsistentes ou desatualizados não apenas comprometem a performance dos modelos, mas também podem levar a decisões críticas prejudiciais.

Abrindo as falas, o professor Marcos apresentou as definições básicas de qualidade de dados, exemplos práticos de como isso impacta na vida das pessoas. Sua percepção é de que as inteligências vão melhorar cada vez mais, fazendo gestão e análises para que falhas sejam minimizadas ou corrigidas. E espera que “os dados sejam interoperáveis, que a legislação permita que dados fiquem disponíveis, inclusive para pesquisadores, para que os gestores tomem o melhor caminho nas suas decisões”.

Em seguida, o professor Esbel trouxe exemplos de qualidade de dados, no campo das imagens mais especificamente, e com influenciam no treinamento de IA. Sua apresentação foi voltada para um caso da área de saúde, mas ele esclarece que “as experiências podem ser estendidas a outras questões que envolvam a classificação de imagens rotuladas por especialistas”.

O professor Robespierre trouxe uma série de provocações sobre uso de estratégias de IA para qualidade de dados. A ideia é “tentar jogar luz nos problemas de gestão de dados e gestão da qualidade de dados que podem ser aprimorados por IA”, destacou o palestrante, que também fez menção à importância da integração de dados, como um grande propulsor de qualidade.

O mediador Paulo Eduardo concluiu a mesa agradecendo a participação de todos, registrando que é um assunto com muitos desdobramentos e possibilidades e que o foco do debate hoje foi tentar entender como qualidade de dados pode impactar na tomada de decisões, “mostrar exemplos e atividades desenvolvidas, pensando no foco principal de como melhorar a própria qualidade de dados para que a tomada de decisão tenha a melhor qualidade possível”, concluiu Paulo.

Organizada pelo IBGE, com apoio do Governo do Estado da Bahia, da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), do Senai Cimatec, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e da União dos Municípios da Bahia (UPB), a Conferência Nacional dos Agentes Produtores e Usuários de Dados (CONFEST/CONFEGE) tem patrocínio do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e Banco do Nordeste do Brasil S.A. (BNB).