Utilização de grades em estatística

Maria do Carmo Bueno, IBGE


Resumo:

A utilização de geotecnologias gerou uma maior facilidade na integração de dados e permitiu o relacionamento de informações de diferentes áreas do conhecimento, levando a um uso mais abrangente das informações estatísticas. Ao mesmo tempo, esta maior e melhor utilização de informações estatísticas gerou a necessidade de dados cada vez mais detalhados e desagregados espacialmente. Além disso, a agregação de dados em unidades espaciais com forma irregular e com alterações ao longo do tempo tem sido uma reclamação constante por parte dos usuários dessas informações, devido principalmente às dificuldades que podem ocasionar às análises. A primeira dificuldade está relacionada com a forma das unidades administrativas e estatísticas para as quais os dados são disponibilizados e que não se adaptam às unidades sociais e ambientais para as quais os dados são desejados. A segunda dificuldade está relacionada com a estabilidade temporal, tendo em vista que nem as unidades administrativas nem as estatísticas são estáveis.

A utilização de uma grade de células regulares como unidade espacial de agregação de dados estatísticos parece resolver essas dificuldades: as células são suficientemente pequenas, de modo que podem ser utilizadas como tijolos para construir qualquer recorte geográfico que se queira, e elas tem uma forma fixa e não se alteram ao longo do tempo, uma vez que são unidades artificiais.

Nesta apresentação iremos conhecer as metodologias para geração dessas grades, veremos alguns exemplos de utilização e apresentaremos alguns desafios que precisam ser enfrentados.