A identificação de áreas com vulnerabilidade social de moradia é um grande desafio para o IBGE. Um país com dimensões continentais, diversidade ambiental, morfológica e climática como o Brasil possui reflexo direto nas ocupações informais da mesma forma. Diante de uma diversidade territorial que se traduz por meio de nomenclaturas e tipos de ocupação sejam em morros, palafitas, loteamentos horizontais ou em fundos de vale, é necessário estabelecer uma metodologia que permita garantir a comparabilidade e capacidade de produção de informações estatísticas a partir de diversos recortes territoriais. Esta mesa visa apresentar e discutir algumas destas diversidades visando o início de uma construção de tipologia que represente melhor estes territórios. 

Mediador:

Maikon Novaes

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (2006), especialização em Políticas Territoriais pela UERJ (2008) e mestrado em Sensoriamento Remoto pelo INPE (2010). É servidor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística desde 2009 como Analista em Geoprocessamento. Atuou na Supervisão de Bases Territoriais do Rio Grande do Norte desenvolvendo a atualização da malha territorial do estado do RN onde exerceu coordenação deste setor entre 2013 a 2014. Atualmente, trabalha na Coordenação de Geografia ligado a Diretoria de Geociências do IBGE, no Rio de Janeiro, onde exerce, desde 2019 a função de gerente de Pesquisas e Classificação Territorial. Nesta Gerência coordena o tema de classificação de favelas e comunidades urbanas e a Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios.

Debatedores(as) da roda 1:

Gerson Bruno (Vila da Barca)

Morador de uma das maiores comunidades sobre palafitas da América Latina, localizada as margens da Baia do Guajará em Belém do Pará, tenho 33 anos, sou ativista do terceiro setor há mais de 15 anos, caboclo da Amazônia e nortista com muito orgulho. Atualmente, exerço o cargo de Coordenador Geral da Associação dos Moradores da Vila da Barca, uma intuição de quase 40 anos de história e de muita luta.

Ivan Batista (Federação de Entidades de Bairros e Favelas de Fortaleza)

Nascido em 25 de abril de 1970 na cidade de Acarape, estado do Ceará. Atual presidente da Federação de Entidades de Bairros e Favelas de Fortaleza.

Maria Aline Correia Schimidt (Federação Habitacional do Sol Nascente)

Formada em Gestão Pública e cursando graduação em Arquitetura e Urbanismo. Atua desde 2007 no terceiro setor com o trabalho social de empoderamento e capacitação da mulher periférica, bem como o combate à fome e miserabilidade na comunidade. Participou da comunicação política em campanhas eleitorais e mandatos de parlamentares no Distrito Federal, bem como na coordenação executiva da Administração Regional do Sol Nascente-DF. Atualmente, Maria Aline Correia é Diretora da Fehsolna (instituição no Sol Nascente com foco no empreendedorismo social feminino) e Assessora de Comunicação do G10FAVELAS DF.

Michel Silva (Fala Roça)

Formado em Jornalismo pela PUC-Rio, nascido e criado na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. Adora circular por favelas da cidade para fazer redes e adquirir conhecimentos e experiências. Em 2013, fundou o Fala Roça, na Rocinha, um veículo de mídia impressa e digital. Já trabalhou com memória e fotografia no Instituto Moreira Salles, foi apurador na Record TV Rio e, de 2016 a 2017, atuou como correspondente convidado do The Guardian, da Inglaterra, para cobrir assuntos sobre o legado dos Jogos Olímpicos para as favelas cariocas. A partir dessa experiência, cocriou o Favela em Pauta, um veículo de comunicação nativo digital focado em aprofundar pautas sobre favelas. É pós-graduado em Jornalismo Investigativo pelo IDP e conselheiro da Associação de Jornalismo Digital (Ajor).