Considerando a grande diversidade das favelas e comunidades urbanas brasileiras e a busca de novos modelos de entendimento do fenômeno favela, a partir de seus moradores, a roda de conversa Produção de informações estatísticas sobre as favelas e comunidades urbanas brasileiras para além dos órgãos oficiais objetiva debater as experiências não oficiais de produção de estatísticas e outros levantamentos que permitam gerar informações sobre esses espaços. Pretende-se, ainda, discutir o que a produção oficial de estatística do IBGE aborda sobre favelas e comunidades urbanas e o que não é abordado pelo IBGE, mas contemplado por outras instituições não oficiais para atender as necessidades de se dispor dessas informações. É também foco dessa roda, o conhecimento das demandas de informação que já foram mapeadas por esses espaços e o debate sobre novas formas de produção de estatísticas, em termos de metodologia e mapeamento, a partir desses territórios.

Mediadora:

Isabella Nunes

Economista, pesquisadora na Diretoria de Pesquisas do IBGE desde 1986, Doutora em Engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ, com tese sobre empreendedorismo na Rocinha. Membro do grupo de trabalho sobre favelas na Coordenação de Geografia.

Debatedores da roda 4:

Dalcio Marinho Gonçalves (Redes da Maré)

Geógrafo, mestre em Estudos Populacionais pela ENCE, foi supervisor do Censo Demográfico de 1991. Coordenou o Censo Maré em 2013 e o Censo Vizinhança USP em 2019. É pesquisador da Redes da Maré e da Uniperiferias, no Rio de Janeiro.

Flávia Feitosa (UFABC)

Professora da Universidade Federal do ABC, com atuação no Bacharelado em Planejamento Territorial e no Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Gestão do Território. É doutora em Geografia pela Universidade de Bonn, Alemanha, e mestre em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). É membro do LEPUR - Laboratório de Estudos e Projetos Urbanos e Regionais (LEPUR), e coordena o grupo de pesquisa GATE - Geotecnologias para Análise do Território.

Iná Odara Cholodoski Monteiro Torres (LabJaca)

Subcoordenadora de pesquisa no LabJaca, um laboratório de produção de dados sobre periferias e favelas. Cientista social formada pela UFRJ, mestre e doutoranda em Sociologia pelo IESP-UERJ, onde estuda mobilidade urbana e seus efeitos na desigualdade educacional. Também atua no Centro para o Estudo da Riqueza e da Estratificação Social (CERES), com foco em estudos de estratificação educacional, políticas públicas, raça e gênero.

Renato Meirelles (Data Favela)

Pai da Helena, Presidente do Instituto de Pesquisa Locomotiva e fundador do Data Favela. Comunicólogo e escritor, é considerado um dos maiores especialistas em consumo e opinião pública do país. Foi colaborador do livro “Varejo para Baixa Renda”, publicado pela Fundação Getúlio Vargas e autor dos livros “Guia para enfrentar situações novas sem medo” e “Um País Chamado Favela”. Colunista da BandNewsFM e da Veja.com. Em 2012, fez parte da comissão que estudou a nova Classe Média Brasileira, na Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República – SAE.

Polinho Mota (data_labe)

Nascido e criado em Manaus, atualmente mora no Rio de Janeiro onde atua como coordenador de dados e DPO do data_labe, laboratório de dados com foco em gênero, raça e território. Foi campeão do prêmio Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados em 2021 e finalista em 2022. Possui mestrado e atualmente está no doutorado em Epidemiologia e ciência de dados populacionais na UFRJ. Polinho acredita e trabalha para a democratização das tecnologias, feitas por todas as pessoas de forma livre e soberana.